"Não existem garantias. Sob a perspectiva do medo, nada é suficientemente seguro. Sob a perspectiva do amor, nada é necessário".
Emmanuel


domingo, 29 de agosto de 2010

"Você chegou e explicou o mundo pra mim..."

"Não sei se o mundo é bom

Mas ele está melhor

Desde que você chegou

E perguntou:

Tem lugar pra mim?"
 
Espatódea (Nando Reis)
 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O banho

Este é um capítulo à parte em sua história. O primeiro banho deve ter sido um trauma - muito frio, queixinho tremendo, aquele chororô. Minha vontade era te arrancar das mãos daquela "enfermeira malvada da maternidade".
Mas aos poucos você foi se acostumando e até aprendendo a gostar destes momentos.
Então seu pai resolveu inovar:
1) Na banheira: este é o básico, aquele banho de todos os dias, o da rotina. Você curte, principalmente se a água estiver bem quentinha.
Na maternidade, com a "enfermeira malvada"
Em casa, com a rede que a tia Márcia mandou para você
Curtindo o momento

2) De chuveiro:  você ADORA. Fica quentinho, protegido no colo do papai, tranquilão, se sentindo o rei. Esporadicamente com o papai.


3) Ofurô (um balde com tecnologia diferenciada): esse é o campeão. Com o corpinho todo imerso na água quente, você relaxa de uma tal forma que fica até mole. Você fica tão quietinho que às vezes até cochila dentro do balde. Para falar a verdade, este já virou rotina também. À noite, antes de dormir, nada melhor do que um "relax" no Ofurô.


Mamãe.

Neneco

Para a posteridade:
Alguns de seu apelidos, desde quando estava dentro de mim:
- Pequeno polegar (explico: no ultrassom, sua medida era equivalente ao tamanho de um polegar);
- Pequerrucho
- Raphito, Raphita, Dengo, Neneco (particularmente adoro. Idéia do seu pai).


Neneco
 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Apresento-lhe: VOCÊ

Este é você e um pouquinho da sua história, meu neneco. 
O dia do nascimento


Que menino grande: 51 cm de muita "belezura"

Momentos antes do seu nascimento: de vermelho, os batimentos do seu coração, de verde, a intensidade das minhas contrações - uh lá lááá!

Papai na expectativa

O momento único do reconhecimento
  
Lembrança de nascimento

Porta do quarto da maternidade
Carinha de sapeca






Olhinhos abertos, já observando o mundo



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Saudades

Você provavelmente irá me chamar de eterna saudosista, meu filho, e eu serei obrigada a concordar com você. Eu sinto saudades imensas de você dentro da minha barriga, momentos preciosíssimos: de manhã eu já anunciava ao seu pai: "Neném acordou!". E um sorriso largo inebriava nossos lábios.
No trabalho, nas viagens, no avião, a cada instante você conseguia me encher de felicidade com seus chutes, pontapés e espreguiçadas. Sinto saudades de cada consulta médica, de cada imagem que eu via no ultrassom, de cada manifestação que denunciava a sua existência dentro de mim.
Tenho saudades imensas também do dia do seu nascimento. Os momentos de espera com as suas avós (Beth e Nazinha), a troca de mensagens com os entes queridos, a senha para acompanhá-lo no berçário virtual, a espera no pré-parto, a visita inesperada da Virgínia, o carinho da dra. Wanessa, o equipamento que monitorava em tempo real os seus batimentos cardíacos e a intensidade das contrações, as contrações, a sala de parto, o nascimento - do outro lado do vidro assistiam vovó Beth, vovó Nazinha e tia Thaís.
O reconhecimento - meu e seu. Você chegou, chorou e se aquietou em meu peito.
"Que menino bicudo", dizia seu pai. "Que estranho momento incomparável..."  provavelmente pensávamos nós dois (ou nós três?).
Eu tenho saudades de você chegando ao quarto da maternidade às 5h30 da manhã, trazido pela enfermeira do berçário - no segundo dia eu acordei ansiosa à sua espera, já com saudades - que novidade.
Tenho também imensas saudades dos seus primeiros dias de vida, das visitas na maternidade, das descobertas que vivenciamos juntos, do meu nascimento como mãe, que se complementa a cada minuto, até hoje.
Todos os dias aumenta a lista das saudades - dos seus murmurinhos constantes, da boquinha torta buscando "mamá" quando está com fome, das cabeçadas no meu peito na hora de amamentar, dos suspiros de enfado (adoro!), dos gritos de raiva (morro de rir) - embora estes momentos ainda existam! Mas a minha saudade é atemporal; tenho saudade do que me é precioso.
Costumam dizer que os saudosistas são pessoas que supervalorizam o passado em detrimento do momento presente. Mentira, meu filho. Agora mesmo estou vivendo um momento e reconheço a grandiosidade dele. Mas confesso que daqui a pouco vou estar morrendo de saudades.
Mamãe.